sexta-feira, 1 de maio de 2009

Adeus Lenin


Lá estava ele, meu ídolo de infância, como um fantasma que surge do passado: Sigmud Janh, não estava dando autógrafos, nem falando as crianças sobre segredos do universo, a liberdade da ausência da gravidade ou o alcance infinito do espaço. Estava dirigindo um táxi. E assim estávamos dirigindo anos-luz.

3 comentários:

  1. Uma vez fiz um texto sobre Adeus Lênin! Vou ver se acho e posto aqui, ok?

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  2. Eu quero beber coca-cola.Eu preciso beber coca-cola. Eu vou beber coca-cola. Para desintupir o pó dos "meus dias acumulados" que me arranha a garganta.[Entrou pela minha janela e arranhou meus discos - mas eu não ligo, é só não ouví-los mais para não me chatear]. Mas um dia eu vou sair. Eu vou sair. Eu vou sair quando eu for capaz de andar ao lado de um inocente recente - ele me ensina, ele me guia - mesmo sendo pequeno. É como se eu também estivesse começando/recomeçando a aprender a andar. Eu vou sair. Eu vou sair. Eu vou sair enquanto o culpado-mor estiver roncando. Eu vou sair e ver outdoors. Perceber que o que eu tanto cultuei durante tanto tempo agora caiu, agora minguou, agora broxou. Dizer adeus a esta imagem falida. Imóvel - mas em movimento por estar no ar. Adeus : cara a cara : adeus. Ídolos? Bandeiras? Partidos? Logomarcas? Hinos? Mentira - tudo uma grande farsa! Fabricado de um lado, fabricado de outro. E, ops, um e outro que estiver vulnerável vai adotar vai absorver vai comprar a idéia. E quem não quiser absorver nada desta merda de ca... dessa merda de so... É anarquista ou é burro? Um sonhador... Mil sonhadores... Igualdade não é liberdade! Cultura não é inteligência. Mas estão (inter)ligadas. Amor sufoca, amor estreita, amor ilude. Amor por alguma pessoa ou amor por alguma causa. O mundo é para ser sem fronteiras - o sangue que corre em nossas veias é vermelho, como o livro vermelho, como a logo da coca-cola.

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